Dia da Escola: veja a realidade brasileira ontem e hoje

Assim como as famílias, as escolas desempenham um papel fundamental na formação de crianças e adultos. Afinal, elas são mais do que locais onde as pessoas aprendem a ler, escrever, somar e subtrair.

As escolas são o segundo lar de estudantes de todas as idades. Nelas, os alunos e educadores se relacionam com pessoas de várias cores, culturas, crenças e costumes.

Com isso, muitas crianças aprendem na prática sobre o conceito de cidadania, além de desenvolverem o senso crítico. Esses são aprendizados fundamentais adquiridos no ambiente escolar, que os estudantes levarão para a vida inteira.

Isso possibilita uma sociedade mais justa no futuro, com pessoas mais conscientes dos seus direitos e deveres. Claro, a vivência na escola também possibilita que os estudantes descubram uma vocação.

As primeiras escolas do Brasil

No período colonial, os jesuítas portugueses dirigiam as escolas brasileiras. O padre Manoel da Nóbrega comandava a Companhia de Jesus, que tinha o objetivo de difundir o cristianismo no Brasil.

Assim, a sua missão no país incluía a catequização dos índios. Além da doutrina religiosa, os jesuítas ensinavam escrita, leitura e matemática.

Uma das figuras mais importantes no processo de implantação da educação no Brasil foi o Padre Anchieta, que desembarcou aqui em 1553. Assim que chegou, ele se interessou pelo dialeto dos índios e dedicou-se a aprendê-lo.

Esse cuidado foi fundamental para consolidar o projeto de evangelização. Padre Anchieta produziu textos e apresentações artísticas na língua nativa, o que facilitou a conversão dos índios.

O crescimento das escolas jesuítas pelo país

Com o tempo, o Brasil implantou várias escolas jesuítas. Mesmo assim, as mulheres e os escravos não tinham direito à educação. Além disso, os jesuítas não aceitavam o modo de vida dos mestiços.

No entanto, em meados do século XVII, os jesuítas começaram a receber subsídios para a fundação de colégios. Isso fez com que cedessem e aceitassem os mestiços e seus costumes.

Em 1759, o Brasil expulsou os jesuítas. Com isso, as igrejas não eram mais responsáveis pelas pelo conteúdo ministrado, apesar de o ensino religioso continuar existindo nas escolas.

O cenário atual das escolas no Brasil

Felizmente, a educação é hoje um direito de todos os brasileiros. Apesar disso, ao analisar as instituições espalhadas pelo país, é fácil perceber condições desiguais e, muitas vezes, precárias.

Entre os fatores mais associados a essa diferença estão a cor de pele dos estudantes e a região do Brasil.

Como você pode imaginar, a preservação dos locais e a qualidade dos serviços prestados neles estão ligadas ao poder aquisitivo das famílias. Obviamente, isso acaba influenciando no nível da educação e do preparo recebidos.

Confira a taxa de analfabetismo entre os maiores de 15 anos em cada região do Brasil segundo o IBGE e compare.

  • Nordeste: 14,5%
  • Norte: 7,9%
  • Centro-Oeste: 5,2%
  • Sudeste: 4%
  • Sul: 3,5%

Quando comparamos a cor da pele, a taxa de analfabetismo é de 9,1% entre negros e pardos, contra 3,9% de brancos. Quanto aos que concluíram os estudos, o índice é de 40,3% de negros e pardos, enquanto os brancos são 55,8%.

Educação para adultos

Se você lê ou ouve a palavra “escola”, o mais comum é fazer imediatamente a associação à formação de crianças e adolescentes.

No entanto, há pessoas que não concluíram seus estudos ou não frequentaram o ambiente escolar quando mais novos.

Para essas pessoas acima de 18 anos, existe a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Esse é um sistema de ensino que permite que cada ano escolar seja concluído na metade do tempo.

A formação completa dura um ano e meio. Assim, o EJA é uma medida mais concreta para ajudar a garantir o direito de todos à educação.

O coronavírus e os novos desafios das escolas

Desde o início de 2020, as mudanças causadas pela pandemia da Covid-19 surpreenderam a todos.

Com isso, a educação foi um setor forçado a se adaptar drasticamente. O método on-line de ensino difundiu-se amplamente entre estudantes e professores de diversas áreas.

Assim, a maneira de formular aulas e propor atividades mudou, assim como a forma de aprendizado. Os estudantes, por sua vez, passaram a interagir com o professor e os colegas de modo diferente.

Dessa forma, alunos, educadores e famílias tiveram de aceitar a mudança dos espaços físicos que as escolas ocupam.

Mesmo assim, enquanto instituições fundamentais para formação humana, as escolas não tiveram sua importância diminuída.

Na verdade, é possível que a responsabilidade tenha aumentado. Somado a isso, agora temos pais que acompanham o trabalho dos educadores de uma maneira mais próxima.

No Dia da Escola, parabenizamos todos os educadores!

Celebramos aqui não só a escola, mas também os educadores, que tomaram a dianteira das mudanças, mesmo tendo de se adaptar junto às crianças.

São muitos os profissionais que cuidam do ambiente escolar, permitindo uma educação funcional. Por isso, quando as aulas presenciais voltarem, todos devem se lembrar de preservar a escola da melhor forma.

Essa é uma forma de respeito não só com o espaço, mas também com as pessoas que fazem dele um ambiente ideal para o aprendizado.

Neste Dia da escola, vamos torcer para que a volta ao ambiente escolar físico ocorra o quanto antes. Abaixo, destacamos alguns livros para que você mate um pouco da saudade.

A-professora-encantadora

A professora encantadora

O texto, por meio da linguagem poética, narra a história de Maísa, uma professora que sabia encantar os alunos. Falava sobre estranhezas, esperas, suspiros e silêncios. Ensinava como ver os significados escondidos das palavras, como diminuir medos e multiplicar poesia no pensamento. Por essas e outras razões, não era considerada uma professora que preparasse os alunos para o futuro. No entanto, deixou no coração de cada aluno lições de amor e compreensão da realidade para a vida inteira.

O mundo de Mariana

O mundo de Mariana

Mariana estava sempre recebendo críticas de colegas, de professores e da família.Não entendia o porquê e ficava sempre aborrecida. Para esquecer os comentários, ela tocava piano. Viajava nas notas musicais e nos livros. Um dia, a professora de Mariana pediu que todos os alunos fizessem uma redação – “Meu fim de semana inesquecível!”. A partir daquele fim de semana, a vida de Mariana mudou.

Livro Que ideia, professora!

Que ideia, professora!

Provavelmente, a professora não imaginava quanta agitação iria causar uma ideia simples, mas não convencional. A turma, que no princípio achava que ela ficara maluca, descobre novos valores e entende a importância em deixar marcas nesta vida.